Após uma análise dos problemas que ainda envolvem o mercado
de peixes ornamentais marinhos, optamos por um projeto que pudesse ajudar numa
área que tem sido difundida apenas nos últimos anos.
Embora o cultivo de peixes palhaços venha a ser uma
atividade considerável aos produtores, em razão da espécie em questão se
adaptar facilmente ao cativeiro, o número de criatórios comerciais no Brasil é
ainda muito pequeno para atender toda demanda. Este fator está relacionado com
a falta de trabalhos científicos sobre a reprodução destes peixes em cativeiro,
o que torna a criação pouco difundida no país. Neste contexto, justamente pela
facilidade de obtenção, observa-se a constante captura do peixe palhaço de seu
meio natural, o que pode acabar ocasionando desequilíbrio na cadeia alimentar e
a consequente extinção da espécie.
Avaliando-se este cenário, o projeto se torna importante,
pois colaborará na piscicultura ornamental de peixes marinhos através de
informações sobre o comportamento reprodutivo em cativeiro, permitindo ao
produtor ajudar na redução dos impactos ambientais relacionados ao extrativismo
indiscriminado de peixes palhaços através de um manejo adequado.
Temos como principais objetivos analisar os efeitos da
associação de diferentes dietas e substratos de desova sobre reprodução da
espécie Amphiprion ocellaris. Nosso
trabalho será realizado no laboratório do GIA – Grupo Integrado de Aquicultura
e Estudos Ambientes da Universidade Federal do Paraná(UFPR) , onde serão
observados ao todo 18 casais divididos ao acaso em três grupos
(n=6/tratamento), cada qual então submetido por 60 dias consecutivos a uma
dieta específica com base em proteínas vegetais e organismos vivos(chamadas de
P1,P2 e P3). As dietas serão fornecidas livremente três vezes ao dia para seus
respectivos grupos, nos horários de 9:00h, 12:30h e 17:30h.
Todos os aquários contendo os 18 casais no nosso estudo
serão enriquecidos com substratos como cano de PVC (6cm de diâmetro x 5cm de
comprimento), azulejo (15x20 cm) e vaso de cerâmica (5cm diâmetro x 7 cm
comprimento), buscando assim avaliar a preferência de um casal por um substrato na desova.
Secundária aos nossos objetivos principais, faremos uma
análise comportamental, buscando avaliar a formação dos casais. Avaliaremos a
interação social, a interação com substrato, agressividade e consequentes
comportamentos de coorte, conforme as referências que estudamos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário