sábado, 29 de março de 2014

As ideias do nosso projeto



Após uma análise dos problemas que ainda envolvem o mercado de peixes ornamentais marinhos, optamos por um projeto que pudesse ajudar numa área que tem sido difundida apenas nos últimos anos.
Embora o cultivo de peixes palhaços venha a ser uma atividade considerável aos produtores, em razão da espécie em questão se adaptar facilmente ao cativeiro, o número de criatórios comerciais no Brasil é ainda muito pequeno para atender toda demanda. Este fator está relacionado com a falta de trabalhos científicos sobre a reprodução destes peixes em cativeiro, o que torna a criação pouco difundida no país. Neste contexto, justamente pela facilidade de obtenção, observa-se a constante captura do peixe palhaço de seu meio natural, o que pode acabar ocasionando desequilíbrio na cadeia alimentar e a consequente extinção da espécie.
Avaliando-se este cenário, o projeto se torna importante, pois colaborará na piscicultura ornamental de peixes marinhos através de informações sobre o comportamento reprodutivo em cativeiro, permitindo ao produtor ajudar na redução dos impactos ambientais relacionados ao extrativismo indiscriminado de peixes palhaços através de um manejo adequado.
Temos como principais objetivos analisar os efeitos da associação de diferentes dietas e substratos de desova sobre reprodução da espécie Amphiprion ocellaris. Nosso trabalho será realizado no laboratório do GIA – Grupo Integrado de Aquicultura e Estudos Ambientes da Universidade Federal do Paraná(UFPR) , onde serão observados ao todo 18 casais divididos ao acaso em três grupos (n=6/tratamento), cada qual então submetido por 60 dias consecutivos a uma dieta específica com base em proteínas vegetais e organismos vivos(chamadas de P1,P2 e P3). As dietas serão fornecidas livremente três vezes ao dia para seus respectivos grupos, nos horários de 9:00h, 12:30h e 17:30h. 
Todos os aquários contendo os 18 casais no nosso estudo serão enriquecidos com substratos como cano de PVC (6cm de diâmetro x 5cm de comprimento), azulejo (15x20 cm) e vaso de cerâmica (5cm diâmetro x 7 cm comprimento), buscando assim avaliar a preferência de um  casal por um substrato na desova.
Secundária aos nossos objetivos principais, faremos uma análise comportamental, buscando avaliar a formação dos casais. Avaliaremos a interação social, a interação com substrato, agressividade e consequentes comportamentos de coorte, conforme as referências que estudamos.

Deixe suas dúvidas e sugestões nos comentários ou nos envie para o e-mail estudandonemos@gmail.com


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