sábado, 3 de maio de 2014

As artêmias que não deram certo


A artêmia é um crustáceo de água salgada. Suporta uma variedade de temperaturas, desde 5ºC a 40ºC, embora tenha crescimento melhor na faixa de 25ºC à 28ºC. É também tolerante a mudanças na salinidade e a baixos teores de oxigênio dissolvido na água.
É sensível a luz, exigindo certa exposição a ela durante a fase de eclosão dos cistos.
A artêmia passa por quatro fases: cisto, náuplio e jovem. Na fase de cisto, possui de 0,2 a 0,3 mm; náuplio de 0,45 mm a 0,1 mm; jovem de 5 mm a 6 mm; e adulta de 15 a 16 mm, onde atingem a maturidade sexual com duas semanas.
É interessante citarmos que a introdução das artêmias no nosso projeto foi puramente com o objetivo de avaliar o comportamento predatório dos peixes palhaços quando recebem um alimento vivo, já que esse crustáceo é dado aos animais na sua forma viva, tal como ocorre na natureza. Porém, devido erros, acabamos cortando essa etapa do projeto.
A eclosão dos cistos de artêmia foi realizada duas vezes no nosso estudo. A primeira, feita mais em forma de teste pela Ana, foi importante para verificarmos se os métodos de eclosão estavam certos. Vimos que realmente estavam quando houve a eclosão destes crustáceos(mesmo não sendo de 100%) na primeira tentativa, porém, após 3 dias essas artêmias acabaram morrendo devido um nível alto de amônia no ambiente em que estavam(água salgada com boa aeração). A possível causa disso foi uma mudança repentina na alimentação das artêmias, que passaram da alga spirulina para a Chlorella por nossa decisão, pois a Chrolella apresenta melhores valores nutricionais e que consequentemente seriam transmitidos aos peixes palhaços quando houvesse a predação das artêmias.


Passo a passo até a eclosão de artêmia, conforme GIA(valores para 100g de cistos).


A nossa segunda tentativa foi um pouco mais bem sucedida em relação a duração, embora não tenhamos conseguido atingir o que realmente queríamos ao fim.
Com a experiência que obtivemos nessa fase do estudo, percebemos que o processo de eclosão de artêmias é um pouco trabalhoso, além de exigir bastante paciência. Abaixo se encontram algumas fotos do processo.

Etapa de encapsulação:  Lavagem de cistos com água para retirada do cheiro de cloro.



Etapa de eclosão: exposição de artêmias a luminosidade e a aeração.  Deve ser aguardado o tempo

As artêmias foram mudadas para o laboratório do nosso estudo e colocadas em um tambor com exposição a luz e aeração, para que ocorresse a eclosão. O resultado desta tentativa pode ser visto no vídeo abaixo:

Artêmias se movendo. Há também alguns cistos.

Após algumas horas, mudamos as artêmias de tambor novamente, para um onde elas ficariam permanentemente desde então. No entanto, ao não observamos evolução alguma no crescimento delas após 3 semanas as retiramos definitivamente do estudo. Vale ressaltar que alimentamos esses crustáceos apenas com a spirulina(em pó), que era dissolvida em 250 mL de água salgada e então homogenizada. 


Sujeira e cistos não- eclodidos no tambor onde artêmias estavam

Nenhuma artêmia restou 


Acreditamos a alimentação fornecida não atendeu devidamente as artêmias, o que foi ocasionado por um erro nosso, já que falhamos em resolver o problema assim que não detectamos o crescimento destes crustáceos.

REFERÊNCIAS:
http://nazonaentremares.files.wordpress.com/2011/06/artemia-salina.pdf
AGRADECIMENTOS: Ana Silvia Pedrazzani, que nos ensinou como eclodir as artêmias.

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