sábado, 5 de abril de 2014

Reprodução III- A desova

Quando a desova se aproxima, alguns sinais característicos podem ser observados no casal de peixes palhaços, como por exemplo:
·       Toque de cabeça bastante sutil na barriga do companheiro, sendo que tal ação pode ser executada tanto pela fêmea quanto pelo macho. Sobre esse comportamento, é interessante se citar que em um trabalho realizado por Rory Dean Haschick ele pôde observar que o toque na barriga do companheiro é realizado pela fêmea no período prévio e também no período da desova, enquanto o macho só realiza tal comportamento no período prévio a desova.  
·         Abdome distendido na fêmea, ocasionado pela presença de ovos;
·         Papila genital pigmentada e intumescida no macho e na fêmea;
·     Limpeza constante do substrato(que no meio de cultivo são os vasos de cerâmicas, caninhos de PVC, azulejos, etc.), geralmente realizada com mais intensidade pelo macho. Tal comportamento se acentua com a chegada da desova.
Segundo o que Rory Dean Haschick observou em seu experimento, o processo de desova demora aproximadamente 30 minutos. Uma fêmea pode depositar de 100 a 1000 ovos, o que varia com a idade dela. 
O período de incubação dos ovos é de 6 à 8 dias e é o macho que passa seu tempo cuidando deles.


Os ovos de peixes palhaços são aderentes e medem cerca de 3 à 4 mm.  Eles possuem bastante pigmentação e contem carotenoides no saco vitelino, resultando em ovos que apresentam uma coloração inicialmente alaranjada mas que ao longo do período de incubação variam de um branco- alaranjado a um púrpura.

Imagem retirada de http://www.reefsmagazine.com/forum/reefs-magazine/51884-odd-couple-percula-onyx-x-ocellaris-darwin.html

O estágio larval do peixe palhaço dura de 8 à 12 dias, sendo que depois eles são considerados juvenis.


REFERÊNCIAS:
* http://www.reefsmagazine.com/forum/reefs-magazine/51884-odd-couple-percula-onyx-x-ocellaris-darwin.html
* GUERREIRO, Jussara de Almeida. REPRODUÇÃO DE Amphiprion ocellaris (Cuvier, 1830) ALIMENTADOS COM FARINHA DE LINHAÇA (Linum usitatissimum L.) EM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES. Engenheira de Pesca Universidade Federal do Ceará, 1983.
* HASCHICK, Rory Dean. REPRODUCTIVE BAHAVIOUR OF THE SKUNK CLOWNFISH,
Amphiprion akallopisos, UNDER CAPTIVE CONDITIONS. Chapter 3: SPAWNING BEHAVIOUR OF A. akallopisos. 1998.
Kunz, Y.W., 2004. Developmental biology of teleost fishes. Netherlands: Springer.

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