Quando a desova se aproxima, alguns sinais característicos
podem ser observados no casal de peixes palhaços, como por exemplo:
· Toque de cabeça bastante sutil na barriga do
companheiro, sendo que tal ação pode ser executada tanto pela fêmea quanto pelo
macho. Sobre esse comportamento, é interessante se citar que em um trabalho
realizado por Rory Dean Haschick ele pôde observar que o toque na barriga do
companheiro é realizado pela fêmea no período prévio e também no período da
desova, enquanto o macho só realiza tal comportamento no período prévio a
desova.
·
Abdome distendido na fêmea, ocasionado pela
presença de ovos;
·
Papila genital pigmentada e intumescida no macho
e na fêmea;
· Limpeza constante do substrato(que no meio de
cultivo são os vasos de cerâmicas, caninhos de PVC, azulejos, etc.),
geralmente realizada com mais intensidade pelo macho. Tal comportamento se
acentua com a chegada da desova.
Segundo o que Rory Dean Haschick observou em seu
experimento, o processo de desova demora aproximadamente 30 minutos. Uma fêmea pode depositar de 100 a 1000 ovos, o que varia com a idade dela.
O
período de incubação dos ovos é de 6 à 8 dias e é o macho que passa seu tempo
cuidando deles.
Os ovos de peixes palhaços são aderentes e medem cerca de 3
à 4 mm. Eles possuem bastante
pigmentação e contem carotenoides no saco vitelino, resultando em ovos que
apresentam uma coloração inicialmente alaranjada mas que ao longo do período de
incubação variam de um branco- alaranjado a um púrpura.
Imagem retirada de http://www.reefsmagazine.com/forum/reefs-magazine/51884-odd-couple-percula-onyx-x-ocellaris-darwin.html
O estágio larval do peixe palhaço dura de 8 à 12 dias, sendo
que depois eles são considerados juvenis.
REFERÊNCIAS:
* http://www.reefsmagazine.com/forum/reefs-magazine/51884-odd-couple-percula-onyx-x-ocellaris-darwin.html
* GUERREIRO, Jussara de Almeida. REPRODUÇÃO DE Amphiprion ocellaris (Cuvier, 1830) ALIMENTADOS COM FARINHA DE LINHAÇA (Linum usitatissimum L.) EM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES. Engenheira de Pesca Universidade Federal do Ceará, 1983.
* HASCHICK, Rory Dean. REPRODUCTIVE BAHAVIOUR OF THE SKUNK CLOWNFISH,
Amphiprion akallopisos, UNDER CAPTIVE CONDITIONS. Chapter 3: SPAWNING BEHAVIOUR OF A. akallopisos. 1998.
* Kunz, Y.W., 2004. Developmental biology of teleost fishes. Netherlands: Springer.
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